quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Quem foi Carolus Rex?

Carolus Rex é o tema do mais recente álbum do Sabaton. O álbum fala mais amplemente das glória e derrotas da Suécia da Guerra dos Trinta Anos até a Grande Guerra do Norte. Karl XII (o nome original em sueco) teve grandes problemas na infância. Amava farrear na sua corte, e acabou deixando como legado dessa época de sua vida: "Deus queira que não tenha um rei menino". Aos 15 anos ele botou uma coroa em sua própria cabeça, e fazia algumas atrocidades, decapitar ovelhas vivas e inundava seus palácio de sangue, além de embebedar seu urso de estimação (sim, urso de estimação). Aproveitando o rei safadão, a juventude e outras coisas, a Dinamarca, Saxônia, Polônia e Rússia decidiram acabar com o jovem rei, no ano de 1700, iniciara-se a Grande Guerra do Norte. Nesse período ele teria uma dito uma frase marcante: "Decidi nunca começar uma guerra injusta, mas nunca terminarei uma sem destruir meus inimigos", e foi exatamente o que ele fez. Karl tinha um exército bem menor, e por isso, juntou suas forças e começou a destruir seus inimigos um por um, começando pela Dinamarca. Cercou a capital e a tomou, forçando o rei dinamarquês a se render. Nesse momento o rei beberrão, louco e infantil perdeu sua fama e ganhou uma melhor: um grande guerreiro para salvar seu país. Decidiu então atacar os russos. Karl tinha então 10.500 soldados contra 40 mil do Czar Russo Pedro (Pyotr), e venceu na Batalha de Narva. A vitória foi tão esmagadora, que o número de prisioneiros que Karl fez era bem maior que suas tropas, correndo sério risco de fuga, até deixou alguns fugirem. Aproveitando isso, Karl, que ainda mantinha um pouco de seu senso de humor de antes, mandou fazer uma medalha com o czar russo correndo aos choros, isso tudo para um rei de 19 anos.
Bem, tudo parecia certo, Karl poderia atacar Moscou e acabar com a porra toda ali, mas não... Ele decidiu atacar então a Polônia dando tempo pro czar russo reformar seu exército destruído (usando 90% das finanças nacionais)

Karl foi aprimorando suas táticas de guerra e aos poucos vencendo os poloneses, em batalhas que duraram seis anos. Agora estava aberto o caminho para acabar com o Czar russo. Mas o Czar aprendera muito com sua última derrota, e usou de uma estratégia que iria salvar a Rússia várias vezes mais tarde, a terra arrasada. Por todos os lados que seriam possíveis que Karlo invadisse seu país, ele ordenou a queima de comida e cidades, para que o inimigos ficasse sem provisões. Morrendo de fome e frio o exército do rei sueco atacou os russos em Poltava em 1709, tendo os inimigos 42 mil homens e Karl apenas 19 mil. Desta vez o invencível rei sueco não conseguiu vencer e teve que se exilar no Império Otomano (atual Turquia). Com os russos observando tudo ao redor, Karl só conseguiu fugir em 1714. Tentou reanimar todo mundo novamente, iniciou uma guerra contra a Noruega, para depois subjugar seus inimigos novamente, mas em 1918 acabou morrendo com uma bala na cabeça.
Com sua morte o Império Sueco praticamente acabou, se reduzindo a muito pouco do que era antes, e a Rússia se tornou a grande potência do Báltico. Karl teve uma vida curta, mas não deixou de ser um grande rei, e só morreu pelo tamanho do desafio e por sua ambição e orgulho, até porque, um soldado qualquer não venceria uma batalha com mais de o dobro de homens do lado inimigo

domingo, 20 de janeiro de 2013

Review: Carolus Rex


Sei que devia ter feito esse post faz um bom tempo, pois o álbum já não é mais a coisa mais nova do mundo, mas não importa, aqui está.

Lançado em maio do ano passado, essa belezura teve ótimas críticas, e esta daqui não será uma excessão. Tratando de temas históricos, comum da banda, apenas fugiu um pouco do período histórico, se tratando do século XVII e XVIII, no Império Sueco, então, um grande poder no norte. Para analisar, vou falar da versão em sueco, que na minha opinião é bem mais interessante.


Dominium Maris Baltici - Lejonet Fran Norden

Pequena intro mas que não deixa a desejar, dá uma ideia do álbum todo, e da música seguinte, o Leão do Norte. Começa com belos teclados, guitarra pesada e um coral fazendo 'Ó', bem empolgante para a primeira música, até vir a voz de Brodén, que continua boa como sempre, e com uma música em sueco, uma língua mais agressiva, a voz acompanha tal agressividade. O tema se trata do rei Gustav II Adolf da Suécia, que derrotou seus inimigos na guerra dos trinta anos, dando a Suécia o domínio do mar báltico. A música continua nesse ritmo quase o tempo todo, com algumas variações, o que não a deixa menos boa, até quase no final ter um solo que combina bem com todo o resto, até voltar o refrão, com toda empolgação de sempre.

Gott Mit Uns

Com um começo bem mais claramente animado, e mais calma com a anterior. Tem como tema um soldado protestante pedindo a Deus para que saia vivo da batalha junto com seu rei Gustav II Adolf. Tem um belo solo, mais lento que o anterior, assim como a bateria. A única coisa que deixa a desejar nessa belezura é o tamanho curto dela.

En Livstid I Krig

Uma quase balada, bem mais lenta, cheia de emoção, falando das desgraças que a guerra religiosa faz. Com violinos/violoncelos e teclados, a voz de Brodén entra quase sem acompanhamento de outros instrumentos, indo evoluindo aos poucos, até chegar ao ápice, um refrão "cabisbaixo", e depois a voz volta um pouco mais violenta e mais bem acompanhada, e depois de novamente o refrão, um solo mais lento, porém não tão igualmente imponente.

1648

Mais rápida que a anterior, fala sobre o final da guerra dos trinta anos, na Batalha de Praga. Desta vez a música é mais acompanhada por outros vocais em várias partes. E claro que um coral "Power Metal" em sueco ficaria uma beleza o que se prova lá pelo meio da música.

 Karolinens Bon

Minhas preferida de todo o disco, começa com um órgão impecável, depois um tom de marcha com um teclado típico do Sabaton. O tema agora já muda para o famoso Carolus Rex e seu Karoleanos, soldados que o seguiam em batalha. Com um refrão fodalhão dessa música, e o baixo, não poderia ser melhor, dá vontade de pegar um mosquete e ir para batalha junto com os rapazes! E para mim no meio vem o ápice da música e do álbum, o pai nosso em sueco, cantado por um coral militar, nada mais vale a pena nessa vida, até para mim.

Carolus Rex

Então a música tema, e a que todos esperam, falando do Carolus Rex, versão em katim de Konig Karl XII da Suécia. E e essa para mim é um pouco decepcionante, não ruim, mas decepcionante, aliás é a música tema, devia ser beeem melhor, mas tudo bem, é a vida. Não deixa de ser um ponto baixo, mas o menos alto, por assim dizer, achei os arranjos da guitarra bem simplezinhos, mas como não sou um Beethoven nem vou opinar sobre isso. O tema é basicamente que o jovem rei, de 15 anos senão me engano, cansou de ser fantoche e quer governar a Suécia pelas próprias mãos, e a Rússia, Polônia, Saxônia e Dinamarca, pensando que o novo rei seria um bundão, declaram guerra a Suécia, o que se mostra um erro grave.

Ett Slag Fargat Rott

Essa fala sobre a Batalha de Fraustadt, em que o jovem rei derrotou os russos e poloneses, que tinha mais que o dobro de tropas do que ele. Agora musicalmente, começa mais rápida e animada, ótimo som como todo o resto.

Poltava

O tema dessa vez é a Batalha de Poltava, em que nosso querido Carolus Rex novamente tinha menos da metade das forças e... perdeu a batalha contra o Czar Russo, sendo obrigado a fugir para a Turquia (Império Otomano), e a música liricamente mostra muito bem o erro de Karl ao tentar fazer essa cagada, dizendo que os soldados morreram em vão, e coisas do tipo.
Com um refrão bem legal a música não deixa a desejar.
Aqui um vídeo não oficial da música, com um filme sobre a Batalha de Poltava, cantada em inglês:
O cara na maca é o Carolus Rex, e de verde aos 1:17, Pedro, Czar da Rússia.


Konungens Likfard

Karl morre com um tiro na cabeça, e o clima dessa música mostra muito bem a tristeza que o povo sueco deve sentir. Ótimo riff no começo, e com um clima pra baixo por toda a música, dá uma emoção bem forte, com os corais e a voz de Bróden cheias de emoção, também uma das minhas preferidas. Leve Carolus Rex!

Ruina Imperii

Final simplesmente maravilhoso, o império acabou, a guerra acabou, o rei está morto, todo mundo grilado, nada melhor que uma música assim! Ótimos teclados no começo, uma guitarra bem pesada com uma bateria lenta porém fudegosa acompanhando, e com alguns efeitos para deixar a música mais 'dark' a voz de Bróden entra forte como sempre, com um coral militar, falando frases arrebatadoras no lindo refrão, que dá até raiva dos russos e poloneses, aliás, esse é o papel da música, dar sentimentos! E foi isso que o Sabaton fez nessa obra prima, Carolus Rex.

Logo logo farei um post explicando melhor que foi Karl XII da Suécia e coisas mais, enfim, até a próxima!

För Fosterland!





sábado, 29 de setembro de 2012

Classical Metal

A coletânea Classical Metal reúne várias bandas de rock e metal, tocando clássicos da música erudita, como Bach, Mozart, Vivaldi, Verdi, Wagner, entre outros, além de tocar suas próprias composições no estilo clássico.
Entre as bandas presentes nós temos Apocalyptica, Therion, Epica, Symphony X, Rhapsody of Fire, Stratovarius, Dragonland, Nightwish, Evil Masquerade, Malmsteen, Trans-Siberian Orchestra, Derdian, e muitos outros.

Veja algumas músicas dessa ótima coletânea:





Existem downloads para esses cds, mas não os postarei para não ir contra a política do blog.


Até mais pessoal o/

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Os 10 essenciais álbuns de Power Metal

O power metal é um gênero que nasceu nos anos 80 com a ajuda de bandas como Helloween e Gamma Ray. Nos anos 90 ele foi continuado com bandas como Iced Earth, Blind Guardian e Hammerfall.

Os fãs de metal ficam impressionados com os rápidos solos e arpejos, vocais muito altos e letras descrevendo criaturas mágicas (and the power of the draaaaagonflame!) e mundos de fantasia.

Ao longo dos anos começaram a ser lançados alguns álbuns que definem o power metal e trouxeram mais audiência ao gênero. Aqui vai uma lista dos 10 álbuns que dão uma boa representação do estilo.

sábado, 28 de julho de 2012

Novidades no design

Fala pessoal!
Tive uma súbita ideia para mudar o design do blog. No caso, mudei apenas os banners, pois o projeto que tive em mente ainda está para ser discutido com o Mateus e, é claro, ser criado, hehe.


Criei novos banners e mudei o estilo dos antigos - agora, além do nome do álbum, do nome da banda e do ano do mesmo, o país da banda também estará presente lá. A imagem do álbum continua destacada como antes, mas agora, o background está desfocado. Sim, não é uma edição "espetacular puta que pariu esse cara é foda", mas eu prefiro a simplicidade, hehe.


Segue a lista de álbuns que estão nos banners atualmente:


FRAGILE EQUALITY do Almah, 2006, Brasil
KEEPER OF THE SEVEN KEYS PART 1 do Helloween, 1987, Alemanha
ONCE do Nightwish, 2004, Finlândia
THE PHANTOM AGONY do Epica, 2003, Holanda
RITUAL do Shaman, 2002, Brasil
STEEL MEETS STEEL do HammerFall, 2007, Suécia
TIME TO BE FREE do Andre Matos, 2007, Brasil
ANGELS CRY do Angra, 1997, Brasil
ASCENDING TO INFINITY do Luca Turilli's Rhapsody, 2012, Itália
A DRAMATIC TURN OF EVENTS do Dream Theater, 2011, Estados Unidos
ECLIPTICA do Sonata Arctica, 1999, Finlândia


Bandas nacionais que quiserem ser divulgadas aqui, é só me enviar um e-mail que eu conversarei com o Mateus e te colocarei na capa!

quinta-feira, 19 de julho de 2012